Ela não foi
uma primavera de mulher
só com autorização era
Ela e a vassoura
na santa ordem das tradições
permaneciam rainhas do lar doméstico
Depois,
na praça pública
Ela queimou soutiens
ena pá! mulher de vida duvidosa
dama do lupanar
favorita sem lugar
cigarro aceso
nos lábios vermelhos de batom
E hoje?
Comemora-se um animal raro?
Quem tem medo do órgão glandular
que segrega o leite materno?
Quem soltou os colhões*
dos calções que os prendem?
Quem libertou as ilhargas
e sacudiu o seu protector?
Queluz, 11 de Março de 2009
João Mariano
*(Do latim colèu-, «testículo», pelo latim vulgar coleóne-, «id.»)
quarta-feira, março 11, 2009
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