Estamos aqui reunidos para decidir a maneira. Todos nós sabemos a maneira, mas não sabemos como lá chegar.
O que tenho para transmitir é sugerir o caminho para a maneira. Após uma análise cuidada, dei conta que o caminho é sinuoso e a maneira encontra-se para além desta sinuosidade. Teremos, pois, de descobrir um ponto de partida. Aqui, o problema é deveras complexo, porque torna-se visível, a olho nu, outros pontos, nomeadamente, o ponto e vírgula e os dois pontos, para não mencionar o ponto parágrafo. Este último é muito importante, uma vez que, poderemos dar um salto qualitativo para atingir a maneira.
O ponto final é de afastar de forma liminar. Vejamos: o ponto final, como o próprio ponto indica, é o fim do caminho, significa, portanto, se encontrarmos a maneira, encontraremos o ponto final.
A primeira conclusão será esta: o ponto final, nunca poderá ser o ponto de partida para alcançarmos o que pretendemos, a maneira.
O ponto e vírgula tem pausas, é urgente saber a maneira, estar com ela intimamente, com estas pausas, teremos de efectuar orações e separar as partes do nosso caminho. A maneira vai-se perdendo nos horizontes de todos os horizontes.
Os dois pontos indicam os primeiros sintomas de um acontecimento. Já não é mau, porque é um sinal precursor do caminho que encorajadoramente insistimos em fazer, atingir a maneira.
A segunda conclusão será esta: os dois pontos não são um ponto de partida para atingir a maneira, porque trata-se, só e apenas, de um sintoma, de um sinal enviado pela maneira.
Quanto ao ponto parágrafo é reconfortante saber, que quando acaba uma coisa, começa outra. Mas é aterrorizante perceber que para começar essa outra, devemos acabar alguma coisa. Por outro lado, o símbolo para parágrafo é representado por dois “esses” unidos. Não será conveniente separar o que está unido. O parágrafo, é pois, o precursor da mudança de linha e do espaço. Por isso realcei, há pouco, a sua importância para atingir a maneira. O ponto parágrafo tem um porém: está em constante mutação, tanto na sua linha, como no espaço que ocupa.
Como atingir a maneira, se ainda não encontramos o ponto de partida? Como poderemos partir, se não sabemos como lá chegar?
A terceira conclusão será esta: a descoberta do ponto é fundamental para atingirmos a maneira.
Queluz, 19 de Julho de 2011
João Mariano
terça-feira, julho 19, 2011
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