Ela estava sem disfarce
como se fosse
uma labareda que se eleva.
Era o tempo em que o sol estava abaixo do horizonte
e as brancas paredes do pátio
permaneciam mudas,
as mãos dela
andavam sem reflexão nem tino
como quem se esforça por descobrir
a claridade de uma noite sem lua.
Ela, numa vela,
viu a toalha velha
e deitou-se nas mudas rugas
do branco pátio
porque nua estava ela.
sexta-feira, março 19, 2010
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