quinta-feira, maio 05, 2011

Máquina Ácida

Vem ter comigo sou a máquina ácida
desiste dos campos em flor
desmembra-te dos rios, cujas margens os afrotam
renuncia ao teu aspecto natural

Vem, fica comigo
sou a máquina com artifícios
a velha máquina que cheira a óleo
a petróleo e a gasolina

Regressa filho pródigo
aos meus braços de ferro e aço
na certeza que teus passos imundos
caminharão por linhas rectas
e ângulos agudos sem máculas

Regressa meu louco perdulário
ao meu ventre de fios de cobre
nesta cavidade
nunca terás dúvidas, nem receios
passarás a ser dúctil e maleável
porque a tua vida será um número binário

Vem, fica comigo
sou a máquina com artifícios
a velha máquina que cheira a óleo
a petróleo e a gasolina…

Pedrobala

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