Ela estava nua
como se fosse
a chama de uma vela.
Era noite sem estrela
e as brancas paredes do pátio
permaneciam mudas,
as mãos dela
andavam à toa
como quem procura
a claridade de uma noite sem lua.
Ela, numa vela,
viu a toalha velha
e deitou-se nas mudas rugas
do branco pátio
porque nua estava ela.
João Mariano
quarta-feira, dezembro 06, 2006
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