Esta camada superficial do solo
terra árida e impaciente
não é maior
que a pupila dos meus olhos:
tem a grandeza
da tua inquietação e das tuas revoltas.
Crispando as mãos à beira-mar
senti saudades tuas,
dos teus olhos, vivas opalas,
do teu ar de triunfo iluminado com que andas
por terras com bosques de névoa
rios de prata e montanhas de ouro.
Hoje crispei as mãos à beira-mar
e por minh’alma vai passando
tal como em seu apartamento,
uma gata de todo encantamento
e de inaudito murmúrio brando.
Assim pensando fui ficando
porque a noite surgiu
brilhando em teus olhos
a clara noite nasceu
nasceu como folha de papel em branco
levada por ondas brancas d’areia…
Olhos teus… Olhos meus?
Pedrobala
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
terça-feira, fevereiro 22, 2011
“O amor é paciente, o amor é prestável, não é invejoso, não é arrogante nem orgulhoso, nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita nem guarda ressentimento. Não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará.” – S. Paulo, Epístola aos Coríntios
A.môr
Amor
Devoção iluminada
afeto profundo
terno e calorosoterra sagrada
minha realidade essencial
como aquele que foi iniciado
na filosofia do amor maior
pela sacerdotisa Diotima de Mantinea
Amor terreno, amor d’alma
os dois em simultâneo
porque ambos
contêm e compõe o conhecimento
Este amor que não é abstracto
este amor que não é sem forma
este amor que não é sem cor
sem tamanho ou textura
é por si só
o nosso sentimento inicial
Eis o triângulo amoroso:
na intimidade da nossa interioridade
na paixão correspondida
no compromisso altruísta
Esse estado de encantamento
da neurobiologia das correntes eléctricas
que percorrem o cérebro
libertando
dopamina e a sua euforia
adrenalina e a sua excitação
endorfina e a sensação de felicidade e bem estar
Esse estado impulsivo
sem inibição
fora do controlo racional
de intoxicação cerebral
que desafia
o desejo sensual e as saudades
e que incita à contemplação…
Amor o nosso sentimento inicial!
João Mariano / 22 de Fevereiro de 2011
quinta-feira, fevereiro 03, 2011
terça-feira, fevereiro 01, 2011
Não é Elizabeth
Não é Elizabeth
como na língua inglesa
é Isabel
como no castelhano
ou Isabelle, dize o francês
Isabella, afirma o italiano
Não me fico
sou inquieto
porquê?
És tu
húngaro?
Não entendo
o polonês ou polaco?
Diz
Izabela
Isabel
horizonte meu
beijo teus pés longínquos
Mulher
da dor renascida
a flor em ti crescida
brota tal qual sabedoria
nas escassas laranjeiras
e ressacando nas vermelhas papoilas
que se alevantam
a Lua vagueando no nosso horizonte…
É a ti
Isabel, meu doce amor,
que consagro esta oferenda,
pequeno fio d’ água
passando ao longo
do rio do teu corpo…
Foi a Lua vagabunda do
espaço
segredando contou-me:
não procures estrelas no
céu
invoca Isabel
pois ela é a tua
Estrela.
João Mariano
como na língua inglesa
é Isabel
como no castelhano
ou Isabelle, dize o francês
Isabella, afirma o italiano
Não me fico
sou inquieto
porquê?
És tu
húngaro?
Não entendo
o polonês ou polaco?
Diz
Izabela
Isabel
horizonte meu
beijo teus pés longínquos
Mulher
da dor renascida
a flor em ti crescida
brota tal qual sabedoria
nas escassas laranjeiras
e ressacando nas vermelhas papoilas
que se alevantam
a Lua vagueando no nosso horizonte…
É a ti
Isabel, meu doce amor,
que consagro esta oferenda,
pequeno fio d’ água
passando ao longo
do rio do teu corpo…
Foi a Lua vagabunda do
espaço
segredando contou-me:
não procures estrelas no
céu
invoca Isabel
pois ela é a tua
Estrela.
João Mariano
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