Esta camada superficial do solo
terra árida e impaciente
não é maior
que a pupila dos meus olhos:
tem a grandeza
da tua inquietação e das tuas revoltas.
Crispando as mãos à beira-mar
senti saudades tuas,
dos teus olhos, vivas opalas,
do teu ar de triunfo iluminado com que andas
por terras com bosques de névoa
rios de prata e montanhas de ouro.
Hoje crispei as mãos à beira-mar
e por minh’alma vai passando
tal como em seu apartamento,
uma gata de todo encantamento
e de inaudito murmúrio brando.
Assim pensando fui ficando
porque a noite surgiu
brilhando em teus olhos
a clara noite nasceu
nasceu como folha de papel em branco
levada por ondas brancas d’areia…
Olhos teus… Olhos meus?
Pedrobala
sexta-feira, fevereiro 25, 2011
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